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Escola da Inteligência: o que vai mudar no ano didático do seu filho?

 

Novas disciplinas e cabeça aberta para falar de emoções. É possível pensar o aluno como um todo, proporcionando uma formação para além do currículo de aprendizados didáticos. Em 2022, os alunos do Colégio Mater Dei ingressam nos meandros da Teoria da Inteligência Multifocal (TIM), instruídos pelos professores de forma interdisciplinar. Nesta terça-feira, 25, educadores de todos os níveis de ensino tiveram encontro presencial com a Coordenação da Escola da Inteligência (EI), através do Supervisor Educacional da EI, Deiver de Lima Greboggy. 

 

 

"Sempre peço para as famílias olharem como está a educação sócio-emocional, como estão as emoções dos filhos, principalmente agora com uma pandemia", comentou, acrescentando que "nunca se precisou tanto falar sobre emoções como nesse momento que estamos passando e falar sobre as emoções dentro da sala de aula (.). É uma possibilidade que o Mater Dei está dando aos filhos, ciente da importância e necessidade disso, para que a gente consiga prevenir ou tentar reduzir os índices de transtornos psicológicos."

 

Em termos práticos, os alunos da Educação Infantil até o 4° Ano do Ensino Fundamental I (EF1) vão conhecer, por exemplo, os personagens da Floresta Viva. A professora Leila Cagol vai coordenar o EI para a Educação Infantil e 1° Ano do EF1, e as professoras regentes aplicarão as dinâmicas lúdicas com as crianças. Do 2º ao 5º Ano o programa EI será coordenado pela prof. Ivete Rotava e as professoras regentes igualmente aplicarão em sala de aula. 

Do 6° ao 8°Anos do EF 2, o Prof. de História, Filosofia e Sociologia Marcos Pizzolatto é o

coordenador EI e vai reger a disciplina "Escola da Inteligência"; e do 9º Ano ao Ensino Médio, o Prof. de Português, Espanhol e Pedagogo Rodrigo Toigo vai coordenar o EI, na disciplina que entra em uma aula semanal na carga horária. 

 

Deiver Greboggy comenta que inúmeras pesquisas atestam transtornos psicológicos e comorbidades que vêm relacionadas ao álcool, ao uso de substâncias, à falta de proatividade. Tudo reflete no desenvolvimento, como a pesquisa que aponta os reflexos dos "bebês pandêmicos". Todos os estudos trazem a necessidade de se trabalhar as emoções.

 

"O desafio é educar pessoas que consigam falar sobre o que estão sentindo, que não tenham problemas em relação à exposição da emoção, pois temos uma história que desconstrói a emoção no sentido de que se expressar é fraqueza, algo que precisamos hoje quebrar. Ainda estamos caminhando, muitas vezes a gente se vê nadando contra a correnteza, mas vemos também muitas famílias, locais, regiões e culturas entendendo essa necessidade. Em resumo, aproveitem essa oportunidade, pois são poucos que têm a escola da inteligência ao seu filho", salientou o supervisor.

 

Aluno protagonista

Coordenador do Programa Escola da Inteligência para as turmas do 6º, 7º e 8º Anos, o prof. Marcos Pizzolatto explicita que a base da aplicação é a sala de aula invertida. "É muito mais o aluno participando do que o professor. É o momento de o aluno se expressar. As ferramentas que vamos usar para isso é um pacote gigantesco, se pode usar desde as vivências cotidianas dele, dependendo do tema que está sendo trabalhado, um filme, a uma série que esteja na moda, para trazer o aluno, abrir o colete de proteção que ele está usando, porque dependendo do problema e do tema que estivermos trabalhando, esse aluno estará fechado em si". Um exemplo citado por ele é o bullying: "se o aluno é uma vítima de bullying, pode ter muita dificuldade para se manifestar. De repente, um filme, uma série, um livro, um amigo que ele conhece, são ferramentas para chegar ao problema que está sendo discutido naquele tópico. Alguns são temas bastante delicados: sexualidade, suicídio, identidade de gênero, enfim, uma série de temas que podem estar acontecendo com aquele aluno". 

 

As ferramentas são múltiplas, com o material impresso e as plataformas digitais que alunos, professores e pais utilizarão para dar conta dos diversos temas propostos durante o ciclo escolar.

 

Futuro

"A ideia principal é trabalhar o futuro do aluno, mas sem tirar dele este momento que está vivendo. Vamos trabalhar as emoções e sentimentos", enfatizou Rodrigo Toigo, coordenador do EI para 9º Ano e Ensino Médio. O ponto é encarar os problemas da vida dele, mas trazer para uma realidade de que é possível tirar algo de bom. 

 

A vocação, naturalmente, estará em pauta, principalmente no ensino médio. "O aluno tem vontade de fazer Arte, por exemplo, mas a família quer que ele faça Medicina. O que a gente pode fazer com essa família também? No programa se trabalha muito a família, além do aluno, de colocar na mente deles que esse indivíduo tem o potencial para uma área que ele deseja e tenha a opção de escolha. Focar naquilo que o pai e a mãe quer às vezes gera um profissional frustrado no futuro. A Escola da Inteligência tem esse foco não só com o aluno, mas com a família, inclusive", adiantou Toigo.

 

Isso chegará em casa através do Aplicativo para a família desenvolver atividades com os estudantes. Sob a égide do renomado psiquiatra Augusto Cury, as aulas do Escola da Inteligência devem ampliar o debate, com bate-papo "que chamamos de metacognição, que é o pensar sobre o pensar; e as crianças aprendem a olhar para dentro de si, a praticar um olhar multifocal com pensamento crítico e entender o que elas estão sentindo e pensando, para se comportar de maneira diferente", ilustrou o supervisor. 

 

As dinâmicas serão focadas em conversas específicas por aula e, ao final, terá uma atividade para os alunos desenvolverem com os pais. "Envolve escola, aluno e família num mundo só de conhecimento", referendou o professor Rodrigo. 

 

Assessoria de Comunicação Mater Dei

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